3 de outubro de 2013

Brasil: Capa da 'Bloomberg Businessweek' ironiza perda da fortuna de Eike



A capa da revista "Bloomberg Businessweek" ironiza a perda de US$ 34,5 bilhões da fortuna de Eike Batista em um ano. A publicação aponta que a derrocada do empresário deve ser "um dos maiores colapsos pessoais e financeiros da história, se não o maior".



Eike Batista se negou a dar entrevistas para a reportagem (disponível em inglês), que tem tom de ironia. A publicação diz que, entre as piadas feitas sobre o empresário está a de que, o Papa Francisco planeja voltar ao país e visitará os pobres, entre eles o empresário.
A revista lista que Eike vendeu seus aviões e seu helicóptero, os credores estão discutindo sobre os restos de suas empresas e ele não está mais na lista de bilionários Bloomberg.
A revista aponta que "dizer Batista exagerou seria minimizar o que aconteceu nos 18 meses desde a arrogância e pensamento mágico", que a publicação descreve caracterizar o empresário.
No começo de outubro, a OGX deixou de pagar US$ 45 milhões em juros sobre títulos da dívida que tinha desde sua ascensão.
A capa tem a foto de um Eike cabisbaixo e ainda leva um efeito de quebra, assim como a falência do empresário. Para chegar na capa escolhida, a equipe avaliou uma capa semelhante tratando de perda do empresário de mídia Rupert Murdoch, uma montagem fotográfica que mostrava a boa vida do empresário e uma foto coberta com arte retrô.
A reportagem descreve os temos áureos do empresário, em que ele exibe "sinais de vitória" como as jaquetas usadas nas corridas de barco, e tinha uma fortuna estimada em US$ 34,5 bilhões. Na época, ele já tinha fundado cinco empresas e estava prestes a inicira a sexta. "Aos 55 anos, ele é o homem mais rico do Brasil e oitavo do homem mais rico do mundo", escreve a revista.

Retrato da década de expansão econômica do Brasil, "para os investidores internacionais que querem um pedaço do novo Brasil, ele não poderia fazer nada errado", diz o texto. A revista lembra que as empresas de Eike receberam investimentos de grandes fundos como BlackRock e Pimco, ambos com ações da OGX, além de ter recebido o aval da presidente Dilma Rousseff.


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