No momento da contemplação, a mulher conta que chegaram três mensagens em seu celular. A primeira às 16h58, a segunda às 17h e a última às 17h02. O texto dizia: (SBT) Jequiti sua linha foi sorteada com um Fiat Bravo e R$ 10 mil. Ligue para o telefone SAC: 041 8897-046351 senha 0703.
Acreditando ‘piamente’ estar tendo uma premonição, a mulher saiu da casa e foi até uma conveniência comprar créditos para o celular e ligar no número indicado. “Uma pessoa, que se identificou como Robson disse ser funcionário do comercial do SBT me passou as instruções do que eu deveria fazer para ganhar o prêmio”, conta Sônia.
“Pensei que o prêmio fosse de verdade e para mim”, emenda.
E assim Sonia fez tudo o que lhe pediram. “Primeiro ele me pediu para eu informar três instituições de caridade que eu gostaria de doar um prêmio de R$ 2 mil e R$ 5 mil. Eu citei a Apae de Campo Grande e a Casa do Adolescente e dos Bebês da Pastora Joelma Lúcia Damasceno – que a pastora da igreja que frequento”. O rapaz confirmou que faria o depósito, conta.
Logo depois, a mulher foi ao banco e sacou R$ 800 e depois depositou para uma pessoa indicada por Robson. Ela conta que não lembra o nome da pessoa porque rasgou o depósito.
Já na segunda-feira (16), o ‘o rapaz do SBT’ entrou em contato novamente e ela fez mais três transferências bancárias. Foram R$ 5 mil para Francisco da A, que segundo Sônia, Robson disse ao telefone que o dinheiro iria para Beneficência de São Paulo.
No mesmo dia, ainda fez mais uma transferência de R$ 5 mil para Casa Peniel e mais R$ 2 mil para Apae de São Paulo.
Na terça-feira (17), após novo contato, ela depositou mais R$ 2,190 mil para uma pessoa que não lembra o nome, porque também jogou fora o deposito. “O rapaz me disse que após esse deposito eu já ganharia meu prêmio”, justifica.
Aguardando novo contato para receber o prêmio, Sônia conta que veio para Campo Grande e registrou o boletim de ocorrência apenas nesta quarta-feira (18) porque realmente acreditava ter sido premiada e por isso aguardou tanto tempo novo contato.
A mulher conta que vive de pensão do marido que já é falecido. E o dinheiro que perdeu era de uma casa que havia vendido. Ainda segundo ela, o dinheiro da casa foi pago em parcelas e ela já não tem mais nada. “Agora estou sem casa e pagando aluguel”, conclui.