O crescimento do nível da competição e do número dos profissionais não são as únicas metas a serem alcançadas. A audiência também está em pauta. A média da série de 2010 foi de seis pontos. Já o programa de estreia de 2011 teve 6,2 pontos como média e picos de 9. Para aumentar esses números, eles buscam não apenas os melhores bailarinos, mas também os mais engraçados. Para estes, sem talento algum para a dança, também haverá um prêmio: o troféu Sapatilha de Chumbo. “Tem gente que quer realmente aparecer, quer seu minutinho de fama e faz qualquer coisa para estar na frente da câmera. Parece que é uma coisa produzida, que a gente pede para eles fazerem isso, que é encenação, mas não é. É real. A gente desacredita”, se diverte Ricardo.
A Cia Kahal venceu a primeira edição da atração e, de acordo com Mantoanelli, colhe os frutos do concurso. “O grupo virou uma referência para todo mundo que dança street, e eles estão em um nível superior. A gente viu que eles (os jurado) fizeram bem em premiar o Kahal. Eles já foram convidados a fazer apresentações fora do Brasil, na Europa. E muito disso foi em função do programa”.
John Lennon da Silva, que foi eliminado na primeira etapa da fase final, também segue com diversos convites para se apresentar em eventos. O dançarino foi uma das revelações do programa e ganhou destaque depois que João – o jurado taxado como o mais rigoroso --, chorou ao assisti-lo apresentar a Morte do Cisne. Na época, ele foi comparado a Susan Boyle, por ter sido desacreditado por sua aparência, mas surpreender o trio do júri com seu talento, assim como a cantora escocesa.
“Lógico, que a gente, que está em televisão, visa a audiência. Mas ficamos tocados e gratificados em saber que fazendo um bem para a pessoa. Não é só um reality que a gente está explorando o talento da pessoa, mas a gente está contribuindo também para o sucesso delas, a carreira delas”, se orgulha o diretor da atração.