O acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Caratinga, Minas Gerais, completa um ano neste sábado (5). A partida da cantora deixou o Brasil de luto e a Polícia Civil deu novos detalhes sobre a queda da aeronave nesta sexta-feira (4).
De acordo com depoimentos da investigação que ainda não foi concluída, o piloto Geraldo Medeiros não seguiu o padrão de pouso do aeródromo. Ele fez a aproximação pelo lado correto, mas se afastou demais do local recomendado.
"O que a gente tem até agora na investigação, o que a gente sabe mediante depoimentos feitos é que o piloto não fez a manobra que se esperava, ele saiu da zona de proteção do aeródromo para fazer esse pouso. Então, é um fator que pode ter contribuído para que o acidente ocorresse", declarou o delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, ao "G1".
A zona de proteção mencionada é a área externa. O local está sujeito a restrições para que os aeródromos funcionem com segurança. "Não há uma obrigatoriedade de pousar nessa forma padrão, mas, quando ele sai dessa zona de proteção do aeródromo, é por conta e risco dele. Ele se afastou muito, veio muito baixo e se chocou na rede de transmissão", explicou o delegado responsável pela investigação.
Causa morte de Marília Mendonça
A Polícia Civil ouviu o depoimento de dois pilotos para concluir a investigação. Um que iria pousar em Caratinga no mesmo dia e ouviu o piloto da aeronave em que Marília estava a bordo antes do acidente e o segundo já estava no aeródromo: "São depoimentos muito importantes para a polícia".
"A gente sabe que até um minuto e meio antes não havia qualquer tipo de problema com a aeronave, não reportou nenhum tipo de problema, e que o piloto acabou saindo do padrão de pouso em Caratinga", disse o delegado.
A investigação também apontou que o piloto também não entrou em contato com outros profissionais que estavam na pista, que é o procedimento realizado quando os aeródromos não possuem torre de controle para orientá-los no pouso.
Motivo da queda do avião
As investigações concluíram ainda que a aeronave voava abaixo do recomendado e colidiu com um cabo de uma torre de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O cabo de aço se enrolou no motor esquerdo do avião bimotor, fazendo com que a aeronave desprendesse no ar.
O delegado responsável pelas investigações informou que não havia obrigatoriedade de sinalização da rede da Cemig por conta das localizações das torres, que ficavam fora da zona de proteção do aeródromo, cerca de 4.600 metros da cabeceira da pista.
Fonte Yahoo