30 de agosto de 2016

‘Rainhas das novelas mexicanas’ nutrem intensa rivalidade e paixão entre os fãs mundo afora; veja


As atrizes mexicanas mais badaladas nunca tiveram dificuldades para fazer sucesso no mercado brasileiro. Desde os anos 80, as mocinhas das telenovelas encantam os telespectadores de melodramas do SBT. Algumas delas, como Verónica Castro, por exemplo, há muito tempo não aparecem sob holofotes, mas uma geração inteira se lembra do sucesso que ela fez por aqui como protagonista de ‘Os Ricos Também Choram’.


Os anos se passaram e outras atrizes ocuparam um lugar único no coração dos fãs brasileiros. Lucero, Thalia, Gaby Spanic, por exemplo, deram o ar da graça na televisão brasileira a partir da década de 80, ganharam o rótulo de ‘Rainhas das Telenovelas’ e conquistaram de vez um público cativo.

Diferentemente do que ocorre no Brasil, no México é comum se discutir uma suposta rivalidade entre os protagonistas. E a rixa ganha ainda mais intensidade quando há disputa de espaço em uma novela entre mocinha e vilã. O mercado asteca é extremamente competitivo e quem obtém seu espaço como protagonista dificilmente interpreta um papel coadjuvante. Isso significa que o mercado fica ainda restrito para as grandes atrizes e determinar território é uma premissa básica.

Claro que nem sempre os artistas admitem a competitividade na frente das câmeras, mas os fãs não perdem a oportunidade de mostrar que sua ‘diva’ é a melhor, a que fez a mocinha mais terna, a vilã mais inesquecível, a que vende mais novelas mundo a fora, a que dá mais audiência. A disputa entre os apaixonados se dá principalmente na internet, e isso ajuda a manter Thalia, por exemplo, que não faz telenovelas há 20 anos, entre as atrizes mais amadas do público latino-americano.

“Eu rio, eu rio porque vocês sabem que eu sou uma mulher que trabalha desde os nove anos incansavelmente. Fiz todos os tipos de novelas, boas, más. Lancei discos, estive em bandas, fiz turnês. Eu tive o contrato mais caro da empresa para a qual trabalhei; da história”, declarou sobre sua independência a um programa de televisão mexicano. O fato de Thalia falar do seu contrato com a Televisa não teve malícia, mas, ainda assim, colocou fogo no ego das estrelas.

Muito bem preparada para lidar com a terrível imprensa rosa mexicana, Lucero desinflou o ego de quem acredita que existe uma mútua nutrição de competitividade entre ela e Gaby Spanic: “É uma companheira muito doce, muito agradável sempre. Ela é muito profissional, muito focada em suas tarefas e nunca tivemos nenhum problema. Não sei de onde saiu isso”, disse à imprensa quando trabalharam juntas em A Dona.

Gaby Spanic, inclusive, nunca escondeu sua admiração e gratidão por Thalia. A mexicana recusou uma proposta para ser a protagonista de A Usurpadora, a novela de sucesso que projetou a venezuelana internacionalmente.

Por sua vez, a intérprete de Rosalinda já revelou publicamente sua admiração por Spanic: “Você é uma atriz que vibra com as pessoas. Ou seja, as pessoas reagem com suas atuações tanto quando é uma vilã, quanto quando é a doce, amada e querida. Ou seja, que legal é ter essa dualidade”.

O fato é que mesmo cada uma dessas atrizes tendo tomado um caminho diferente na carreira, as três continuam com a moral elevadíssima e possuem fã-clubes em diversos países. Não é possível mensurar se uma ou outra é mais bem-sucedida, mas é evidente que cada uma teve, e ainda tem, o seu momento. Com isso, a rivalidade entre os fãs mundo afora sempre será muito maior que a competitividade no set de gravação.

Fonte Vannucci

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