A rede de Silvio Santos vem alimentando o sonho de ter duas novelas inéditas no ar desde 2011, quando se viu com dois autores: Iris e Tiago Santiago. A mulher de Silvio Santos emplacou com adaptações de novelas mexicanas e argentinas para o público infantojuvenil. Tiago Santiago não conseguiu vingar seus projetos e já deixou a emissora.
No final de 2013, o projeto da segunda novela voltou com força. O SBT chegou até a estudar uma parceria de coprodução com a Endemol, sócia da Globo, para adaptar um texto argentino. Mas desistiu por causa da Copa do Mundo, que concentrou verbas publiciárias em 2014. Neste ano, a ideia adormeceu por causa do cenário econômico nebuloso. Apesar de as expectativas para 2016 não serem melhores, os executivos da emissora voltaram a trabalhar em planilhas de custos e a sondar possíveis investimentos publicitários.
Ter uma segunda novela no ar é importante por vários motivos. Do ponto de vista comercial, aumenta o faturamento e qualifica o público (no caso de uma produção adulta). Estrategicamente, para a programação, uma novela adulta faria uma transição mais suave da trama infantojuvenil para a linha de shows. Hoje, há uma fuga de público entre Carrossel e o Programa do Ratinho, que demora para decolar no Ibope.
A ideia dos diretores do SBT é manter uma novela infantojuvenil no atual horário de Cúmplices de um Resgate e programar uma adulta inédita e original na vaga de Carrossel.
O SBT não tem dois horários de novelas inéditas desde 2001, quando exibiu, durante pouco mais de um mês, a terceira versão de Direito de Nascer e Pícara Sonhadora.