O processo já passou por todas as instâncias desde 2001, quando Silvio decidiu produzir seu reality de confinamento. A justiça entendeu o programa do SBT como plágio e o valor atualmente a ser pago pelo dono do Baú gira em torno dos R$ 18 milhões.
Procurado, o departamento jurídico da rede paulista informa que ainda está aguardando o julgamento de um recurso pendente.
Acontece que Silvio Santos teve o "Big Brother" nas mãos. Ele obteve acesso a toda mecânica do reality e um manual de como realizar o programa, os melhores lugares para colocar câmeras e que tipo de participantes chamar.
A Endemol ofereceu o "Big Brother" primeiro ao SBT no ano 2000, mas Silvio não aceitou alegando que o negócio sairia caro: US$ 8 milhões teriam que ser desembolsados, além de ter que importar material tecnológico da produtora holandesa.
Com o trato não feito, os representantes da emissora assinaram um acordo com a Endemol, garantindo que mesmo que não tivessem aceito a atração, as informações obtidas sobre o programa não seriam usadas.
Menos de um ano depois, Silvio resolveu lançar sua versão tupiniquim com o nome de "Casa dos Artistas", que se transformou numa verdadeira mania nacional, vencendo o até então imbatível "Fantástico" por todos os sete domingos que esteve no ar, além de incomodar a novela "O Clone" diariamente. Na final, o reality do SBT cravou 55 pontos de pico.
A Globo, com a recusa do SBT, acabou adquirindo o "Big Brother" na sequência, com a intenção de engavetá-lo. Entretanto, com o sucesso da "Casa" no final de 2001, a Globo apressou o lançamento do seu "BBB" no verão de 2002 e está no ar até hoje, com boa audiência, repercussão e faturamento.
A "Casa dos Artistas" ainda teve mais duas edições em 2002, sem o mesmo sucesso. Embora Silvio Santos tenha voltado com a "Casa" em 2004, tudo aquilo era apenas para fisgar o telespectador, porque se tratava de um formato hispânico, o "Protagonista de Novela".