“Sob o ponto de vista emocional, essa foi a reportagem mais desafiadora de todas que já fiz", diz Roberto Cabrini.
O programa vai à ala de doentes terminais de um grande hospital de São Paulo. Lá, Cabrini conhece Rosa, uma bela e jovem mulher com uma doença sem cura.
Que reflexões faz um ser humano em seus últimos momentos? O que procuramos fazer? O que tentamos consertar? A quem perdoar, a quem se desculpar? O que fazer com nossos últimos dias? Tentar mesmo assim evoluir ou se conformar a espera do inevitável? Reclamar aos céus ou se resignar? Lutar ou apenas aceitar? De quem se despedir? Que instruções e conselhos devemos deixar? Como dividir o tempo nesse turbilhão de emoções?
A esposa, a mãe. Uma pessoa com poucas semanas de vida. Mas nem por isso com poucas lições a oferecer. A trajetória de Rosa vai sendo resgatada. Fotos, imagens, sons, contornos, lugares, faces.
A infância, a juventude, o casamento, o nascimento dos filhos, os sonhos, os tropeços, as vitórias... Mas ainda há muito a fazer. Ela conhece e se torna amiga de Fabiana, uma médica corajosa, uma mulher prestes a ter seu segundo filho. É o encontro entre a luz que vai se apagando e a luz que começa a brilhar. Duas mulheres da mesma idade, unidas pelo destino.
Mãos trêmulas que tocam uma barriga que guarda um novo ser prestes a vir ao mundo. São viagens no tempo... Passado e presente.
O que fiz de minha vida? Quando volta ao presente se despede de amigos, pede perdão a quem magoou, distribui conselhos, carícias, direções.
As conversas com os dois filhos, com a mãe e com o marido.
Como encontrar forças para se desculpar com quem magoou? Novamente cada segundo é importante demais para ser desperdiçado. Cada gesto define se afinal tudo valeu a pena. Cada momento se torna precioso. Indispensável.
Você vai ver como vivem os pacientes com pouco tempo. Quem são os seres humanos que cuidam para que esses momentos sejam dignos e - por que não? - felizes.
CONEXÃO REPÓRTER
NOVO DIA: Neste domingo, após Programa Silvio Santos