A Globo, depois de conviver há muito tempo com essa situação e aturar os seus perigosos desdobramentos, tem procurado exterminar as "igrejinhas" existentes em alguns dos seus núcleos, que sempre serviram para proteger amigos, parentes, namoradas e namorados deste ou daquele. Embora ainda existam alguns casos, há um trabalho que denota o desejo de fazer prevalecer os interesses da empresa sobre os pessoais.
E é assim que tem que ser. Tudo isso para dizer que, dia desses, conversando com Lolita Rodrigues, no auge dos seus 85 anos e como uma das pioneiras da televisão, ainda tem enorme vontade de trabalhar – "mas ninguém me chama".
As novelas, pelo menos há o desejo de passar isso, retratam a vida de uma maneira geral, com os seus personagens das mais diferentes faixas, então como é possível aceitar que pessoas, como a Lolita, sejam esquecidas?
Nathalia Timberg, Bibi, Fernanda Montenegro e Laura Cardoso, verdadeiros monstros, aí estão para desmontar a tese de que não existe espaço para pessoas de mais idade. E o que vale para a televisão, serve para tantos outros setores, onde o talento e a experiência sempre devem prevalecer.
Que a Lolita e tantos outros na mesma situação que ela, como Tarcísio e Glória também como exemplos, passem a ser lembrados pela importância que têm. E isto sem favor nenhum. Será apenas uma questão de coerência.
5 de dezembro de 2014
TV não pode esquecer os seus grandes artistas
Para a Globo, vale para a Record e SBT que também produzem novelas.
Existem atores e atrizes, donos de carreiras muito bem construídas, que inexplicavelmente vão sendo deixados de lado. Isso não pode acontecer.
Fonte Flávio Ricco