— São os quatro homens da minha vida, que me fizeram chegar até aqui. Jorginho domina vários personagens e será importante nessa parte. Não quero uma colagem, mas uma memória revisitada de tudo o que fiz, com um olhar de hoje. Rimos muito lembrando das histórias e estamos suando para escolher o que entrará na peça — conta Claudia.
— Vou reciclar números antigos e dar ideias para novas músicas — explica Jorge.
A atriz trabalhou com o diretor pela primeira vez na TV em “Cambalacho”, em 1986. Depois vieram “Rainha da sucata”, “Vamp”, “Deus nos acuda”, “A próxima vítima”, “As filhas da mãe”, “Sete pecados”, “Ti-ti-ti” e agora “Alto astral”, em que vive a trambiqueira Samantha. Para Jorge, a intimidade facilita o trabalho:
— Claudia me entende como ninguém. Sua cabeça não para, ela dá vários tons à mesma cena. Quando gravamos, ninguém fica parado. É um tal de levar choque, rodopiar, cair... Esse movimento em novela é difícil de fazer porque requer tempo de ensaio. Com ela, sai rápido.
Esse tipo de sequência, aliás, tem sido comum na novela das 19h, já que Samantha arma várias confusões para fingir que ainda é médium. Claudia diz que, apesar do risco da caricatura, confia na direção do amigo.
— Jorginho sempre teve talento e agora alia isso à maturidade e ao domínio do veículo. Ele faz o que quer comigo. Se diz ‘Chora com o olho direito porque estou com a câmera desse lado’, eu choro — brinca. — Samantha tem mil delírios, mas acredita que é uma celebridade, o que dá verdade a ela. Me seguro nisso, sempre com o pé no freio.
A atriz conta que tem liberdade para opinar, mas evita interferir no trabalho:
— Não uso nossa amizade. Ele não me protege em nada. Quando não gosta do que proponho, fala. Mas costumamos pensar igual.
Claudia, que fez “Não fuja da Raia” na Globo em 1996 também com Jorge, tem planos de ter outra atração solo na emissora:
— Me saio bem no ao vivo, gosto de conversar. Quero apresentar um projeto à emissora, algo no estilo da Hebe.
Fonte Kogut