Amada por suas novelas a quinta maior emissora de TV do mundo, a Televisa, tem em seu passado manchas que a colocam na vida real como sendo uma das grandes vilãs que todos temem.
A história começa em 2 de outubro de 1968 quando a Televisa é acusada de esconder e deturpar informações relacionadas ao massacre de estudantes em Tlatelolco, massacre esse que segundo algumas fontes ceifou a vida de mais de mil pessoas. O massacre foi precedido por vários meses de instabilidade política na capital mexicana, eco das manifestações e revoltas estudantis ocorridas um pouco por todo o mundo em 1968.
Os estudantes mexicanos pretendiam explorar a atenção do mundo, focada na Cidade do México por ocasião dos Jogos Olímpicos de 1968. No entanto, o presidente Gustavo Díaz Ordaz Bolaños estava determinado a pôr fim aos protestos estudantis, e em Setembro, ordenou ao exército que ocupasse o campus da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), a maior da América Latina. Os estudantes foram espancados e detidos de forma indiscriminada.
No ano de 1985 a rede de TV mexicana é acusada de minimizar por conta de seus seus laços com o partido no poder e com o ex-presidente, Miguel de la Madrid, a real situação do terremoto no México, que deixou cerca de 9500 mortos (havendo algumas fontes que apontam até 35 000 mortos), 30 000 feridos, e 100 000 desalojados. As equipas de socorro terão salvo cerca de 4000 pessoas, incluindo recém-nascidos de um hospital.
Em 2006, a empresa estava envolvida na passagem controversa da “Lei Televisa” que concedeu, a título gratuito, o uso do espectro digital de frequências. Esta lei tem sido considerada por alguns um dom de um bem público (espectro de frequência digital) para um meio privado. Por outro lado, aumentou as acusações de partidarismo político da Televisa em favor do partido no poder. A lei estabelece a desregulamentação do espectro digital em favor do facto duopólio formado pela mexicana Televisa grupo de mídia e TV Azteca. Vários senadores que eram membros do Legislativo LIX promovidos para a Suprema Corte de Justiça da Nação uma ação constitucional, argumentou que a lei inibe a concorrência e promove o poder da televisão referido duopólio.
Já em 7 de junho de 2012, três semanas antes da eleição federal elegeria o presidente do México, o jornal londrino The Guardian publicou uma frente-enredo em que a Televisa teria tido uma aliança com o candidato à Presidência da República, Enrique Peña Nieto. O jornal de Londres disse que os pagamentos foram ligados aos órgãos administrativos, candidatos a Televisa em troca de cobertura de notícias positivas. Além disso, os arquivos enviados pelo jornal detalhando uma estratégia para evitar Andrés Manuel López Obrador venceu as eleições federais no México, em 2006, envolvendo também a TV Azteca e ex-presidente do México, Vicente Fox. O favoritismo pelo candidato gerou protestos contra a emissora.
Em 23 de agosto de 2012, na Nicarágua foram presos 18 supostos empregados, técnicos, apresentadores e jornalistas da empresa, acusados de tráfico de drogas que usavam veículos oficiais da Televisa.