Em turnê pela América do Sul, Maria Antonieta de las Nieves, a
Chiquinha da série Chaves, virá ao Brasil em novembro para três shows:
no Rio de Janeiro (8), em São Paulo (10) e Porto Alegre (11).
Em entrevista, a atriz, de 62
anos, conta as dificuldades de trabalhar após descobrir ser portadora de
fibromialgia, doença crônica que provoca dores musculares intensas e
que a fez pensar em se aposentar, fala sobre o reencontro com Carlos
Villagrán, o Quico, após 35 anos, revela de qual ator sente mais saudade
e mostra uma prévia do que vai apresentar aos fãs brasileiros.
Esta é a segunda vez que você vem ao Brasil. A
primeira foi em 2011. Que impressões teve do país e do público
brasileiro?
Maria Antonieta de las Nieves: É um público muito
amoroso e presente. Sou muito agradecida aos meus fãs brasileiros. Estou
feliz de voltar com esses shows tão especiais.
Quais serão as principais atrações dos shows no Brasil?
Maria Antonieta: Cantarei músicas minhas e do Chaves, como Que Bonita sua Roupa, e também a do meu cachorrinho, o Peludinho.
Em 2011, você participou do Programa do Ratinho, no SBT,
e anunciou a chegada de seu show ao Brasil. Por que a
apresentação demorou dois anos para sair?
Maria Antonieta: É um mercado difícil, queria fazer
algo bem feito, algo memorável. O tempo de Deus é perfeito, estou feliz
de ir agora, que estou mais segura, tive aulas de português e estou
ensaiando muito.
Nas décadas de 1970 e 1980, o elenco do Chaves viajou
por toda a América Latina, exceto o Brasil. Por que o elenco nunca se
reuniu aqui? Você e Roberto Gómez Bolaños [criador e intérprete do
Chaves] queriam vir ao país?
Maria Antonieta: O Brasil é um país que sempre
amamos, sempre esteve em nosso coração. Infelizmente, nunca fomos juntos
ao Brasil, mas não sei bem o porquê, talvez não soubéssemos o quão
queridos éramos.
Em 2012, surgiu a informação de que você iria se
aposentar porque não conseguia oportunidades de trabalho. Você pensou
mesmo em se aposentar? Como está a sua rotina de trabalho?
Maria Antonieta: Sim, eu realmente pensei. Tinha
acabado de descobrir minha doença [fibromialgia], foi um período
difícil, fiquei muito triste, mas agora já estou recuperada e muito
feliz. Estou me tratando e estou bem. Enquanto eu tiver forças, enquanto
o meu corpo aguentar, vou trabalhar.
Você tentou alguma reconciliação com Roberto Gómez
Bolaños, criador da série Chaves, pelos direitos da personagem
Chiquinha?
Maria Antonieta: A Chiquinha é minha primeira filha,
minha mãe quem fez o figurino da personagem. Foi uma grande luta, mas
sempre tive o apoio da minha família, que para mim, era o mais
importante.
Em março deste ano, você reencontrou Carlos Villagrán, o
Quico, após 35 anos sem se falarem. Por que ficaram tanto tempo
afastados? Como foi o reencontro?
Maria Antonieta: Nunca brigamos, mas a imprensa quem
sempre tentou passar essa imagem. Acredito que o motivo maior foi o
trabalho, ele tinha o espetáculo dele e eu, o meu. Viajamos o mundo
inteiro e cada um tem sua respectiva família, é muito difícil conciliar,
mesmo morando no mesmo país. Reencontrei-o há pouco tempo no Peru,
jantamos e conversamos muito.
De qual integrante do elenco do Chaves você mais sente falta? Por quê?
Maria Antonieta: Do Ramón Valdés [Seu Madruga], o
meu 'papaizinho' querido. Éramos muito unidos, e era com quem eu mais
contracenava. Em meu show faço uma bela homenagem para ele.
Qual é o seu episódio favorito do Chaves?
Maria Antonieta: O Festival da Boa Vizinhança e o de Acapulco são os meus preferidos. São episódios que passam uma mensagem muito bonita.
Você acompanha a TV brasileira? O que já viu, do que gosta, quais as semelhanças com a TV mexicana?
Maria Antonieta: Não acompanho tanto, mas sei que
existem excelentes profissionais e que as novelas são muito elogiadas.
Estive no SBT, no Programa do Ratinho, e fui muito bem recebida, foi um
prazer estar lá.
Mesmo após 42 anos no ar e há 29 anos no Brasil, Chaves
mantém o sucesso e tem uma legião de fãs. Em sua opinião, por que a
série fez e faz tanto sucesso e continua no ar até hoje?
Maria Antonieta: Como já falei anteriormente, os
episódios sempre passam boas mensagens. É um seriado atemporal, sem
prazo de validade, sempre vai existir um espaço para o Chaves.
28 de outubro de 2013
'Enquanto meu corpo aguentar, vou trabalhar', diz Chiquinha do Chaves
10:29
Chaves, Chiquinha, sbt, SBT Séries