28 de outubro de 2013

'Enquanto meu corpo aguentar, vou trabalhar', diz Chiquinha do Chaves


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Em turnê pela América do Sul, Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha da série Chaves, virá ao Brasil em novembro para três shows: no Rio de Janeiro (8), em São Paulo (10) e Porto Alegre (11).

Em entrevista, a atriz, de 62 anos, conta as dificuldades de trabalhar após descobrir ser portadora de fibromialgia, doença crônica que provoca dores musculares intensas e que a fez pensar em se aposentar, fala sobre o reencontro com Carlos Villagrán, o Quico, após 35 anos, revela de qual ator sente mais saudade e mostra uma prévia do que vai apresentar aos fãs brasileiros.

 Esta é a segunda vez que você vem ao Brasil. A primeira foi em 2011. Que impressões teve do país e do público brasileiro?
Maria Antonieta de las Nieves: É um público muito amoroso e presente. Sou muito agradecida aos meus fãs brasileiros. Estou feliz de voltar com esses shows tão especiais.

Quais serão as principais atrações dos shows no Brasil?
Maria Antonieta: Cantarei músicas minhas e do Chaves, como Que Bonita sua Roupa, e também a do meu cachorrinho, o Peludinho.

 Em 2011, você participou do Programa do Ratinho, no SBT, e anunciou a chegada de seu show ao Brasil. Por que a apresentação demorou dois anos para sair?
Maria Antonieta: É um mercado difícil, queria fazer algo bem feito, algo memorável. O tempo de Deus é perfeito, estou feliz de ir agora, que estou mais segura, tive aulas de português e estou ensaiando muito.

Nas décadas de 1970 e 1980, o elenco do Chaves viajou por toda a América Latina, exceto o Brasil. Por que o elenco nunca se reuniu aqui? Você e Roberto Gómez Bolaños [criador e intérprete do Chaves] queriam vir ao país?
Maria Antonieta: O Brasil é um país que sempre amamos, sempre esteve em nosso coração. Infelizmente, nunca fomos juntos ao Brasil, mas não sei bem o porquê, talvez não soubéssemos o quão queridos éramos.

Em 2012, surgiu a informação de que você iria se aposentar porque não conseguia oportunidades de trabalho. Você pensou mesmo em se aposentar? Como está a sua rotina de trabalho?
Maria Antonieta: Sim, eu realmente pensei. Tinha acabado de descobrir minha doença [fibromialgia], foi um período difícil, fiquei muito triste, mas agora já estou recuperada e muito feliz. Estou me tratando e estou bem. Enquanto eu tiver forças, enquanto o meu corpo aguentar, vou trabalhar.

Você tentou alguma reconciliação com Roberto Gómez Bolaños, criador da série Chaves, pelos direitos da personagem Chiquinha?
Maria Antonieta: A Chiquinha é minha primeira filha, minha mãe quem fez o figurino da personagem. Foi uma grande luta, mas sempre tive o apoio da minha família, que para mim, era o mais importante.

Em março deste ano, você reencontrou Carlos Villagrán, o Quico, após 35 anos sem se falarem. Por que ficaram tanto tempo afastados? Como foi o reencontro?
Maria Antonieta: Nunca brigamos, mas a imprensa quem sempre tentou passar essa imagem. Acredito que o motivo maior foi o trabalho, ele tinha o espetáculo dele e eu, o meu. Viajamos o mundo inteiro e cada um tem sua respectiva família, é muito difícil conciliar, mesmo morando no mesmo país. Reencontrei-o há pouco tempo no Peru, jantamos e conversamos muito.

De qual integrante do elenco do Chaves você mais sente falta? Por quê?
Maria Antonieta: Do Ramón Valdés [Seu Madruga], o meu 'papaizinho' querido. Éramos muito unidos, e era com quem eu mais contracenava. Em meu show faço uma bela homenagem para ele.

Qual é o seu episódio favorito do Chaves?
Maria Antonieta: O Festival da Boa Vizinhança e o de Acapulco são os meus preferidos. São episódios que passam uma mensagem muito bonita.

Você acompanha a TV brasileira? O que já viu, do que gosta, quais as semelhanças com a TV mexicana?
Maria Antonieta: Não acompanho tanto, mas sei que existem excelentes profissionais e que as novelas são muito elogiadas. Estive no SBT, no Programa do Ratinho, e fui muito bem recebida, foi um prazer estar lá.

Mesmo após 42 anos no ar e há 29 anos no Brasil, Chaves mantém o sucesso e tem uma legião de fãs. Em sua opinião, por que a série fez e faz tanto sucesso e continua no ar até hoje?
Maria Antonieta: Como já falei anteriormente, os episódios sempre passam boas mensagens. É um seriado atemporal, sem prazo de validade, sempre vai existir um espaço para o Chaves.

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