A Bloomberg diz que as empresas do grupo de Eike vão deixar o edifício Serrador, no centro do Rio de Janeiro.
Após alcançar uma fortuna de US$ 34,5 bilhões, em março do ano passado, o dinheiro de Batista começou a se evaporar à medida que o desempenho das suas empresas ficaram repetidamente aquém de suas promessas, afundando seu plano para criar um produto integrado e império logística.
Ele começou a vender ativos este ano, à medida que credores pressionaram para levantar dinheiro e pagar a dívida à medida que os prejuízo se acumulavam.
No começo de julho, o ranking da Bloomberg apontou que a fortuna do milionário era de US$ 2,9 bilhões. No fim do mês de julho, a agência disse que o empresário deixava de fazer parte da lista dos mais ricos.
Desconfiança
A desconfiança de investidores com as empresas "X" teve início após seguidas frustrações com a produção de petróleo da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso de Eike. A OGX decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.
Diante dos prejuízos registrados por suas companhias e da desconfiança de bancos e investidores, Eike corre o risco de ter de se desfazer de parte de suas empresas.
Nesta terça-feira (1º), a petroleira OGX comunicou ao mercado que não vai pagar a seus credores cerca de US$ 45 milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas pela empresa no exterior que vencem nessa mesma data.
No comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a OGX informa que "a companhia possui 30 dias para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida" de mais de US$ 1 bilhão.
O empresário, que chegou a ser o oitavo homem mais rico do mundo em março de 2012 - quando teve seu patrimônio avaliado em US$ 34,5 bilhões, viu a fortuna do seu grupo encolher cerca de US$ 30 bilhões, segundo dados de julho, após uma série de atrasos e falhas nas empresas do seu grupo.