Alexandre Frota voltou a alvejar a TV Record. Desta vez, os alvos são o autor Carlos Lombardi e o diretor Alexandre Avancini, às voltas com “Pecado Mortal”, e as novelas da emissora. No início do ano, o alvo do ex-diretor do SBT que também teve uma passagem pela Record foi o apresentador Britto Jr.
Em email endereçado à imprensa, Frota
não usou meias palavras para se referir a Lombardi e a Avancini. Aliás,
as tramas da emissora de Edir Macedo foram duramente criticadas por
Alexandre, que diz que “novela só na Globo”.
Confira o texto:
“Todos do meio sabem que essa novela
dirigida pelo insosso Alexandre Avancini, que de bom só tem o sobrenome
– aliás eu tive o privilégio de trabalhar com o pai dele [Walter
Avancini], aquele sabia dirigir e numa época sem tecnologia, efeitos
especiais etc -, não vai decolar, não só por causa dele, não só por
estar na Record que não sabe fazer novela, tinha tudo para fazer,
espaço, estúdios, equipamentos, até pouco tempo bons profissionais nas
áreas de produção, operações, figurinos, cenários, mas foram demitidos
para a chegada de amadores da Universal, não estúdios, e sim da Igreja
mesmo. Tipo sai o cinegrafista Mauricio Veneno, 35 anos de Globo e que
sabe muito – ele estava na Record -, para a entrada de Zé do Louvor”,
câmera amador que tem um buffet infantil. É da Igreja e agora faz novela
na Record (risos).
Mas Boni, o homem mais importante da
TV Brasileira, traído na Globo depois de tudo que fez , afirmou no
programa “Roda Viva”, da Cultura, que a Globo e só a Globo sabe fazer
novela, e faz tão bem, pelo fato de ter um elenco de primeira, diretores
de primeira, autores de primeira e profissionais de primeira, por isso é
a primeira. O recado esta dado entenda quem quiser.
Eu não conheço nenhuma mãe que diga
de boca cheia, meu sonho é ver meu filho numa novela da Record, ou meu
sonho é ver meu filho em Marisol, do SBT, novela que eu protagonizei e
nem minha mãe assistia, achava chata a novela (risos). Novela só na
Globo. Imaginem vocês, eu gravei “Marisol”, do início ao fim, 15 cenas
por dia, 16 horas de gravação diárias, papel um dos principais, de
segunda a sábado eu gravava, ao encontrar um amigo na praia, ele abriu
os braços pra mim, sorriu e falou: “Caralho, Frota, é você irmão? Tá
fazendo o quê? Tá sumidão da TV”, (risos).
Mas voltando a novela da Record,
“Pecado Mortal”, título bem original. Eu em 1991/1992 fiz uma novela de
Carlos Lombardi, o autor dessa novela ao qual a nota do jornal [Agora
São Paulo, que noticiou na coluna "Zapping" deste domingo o fim de
tramas gravadas no RecNov] se refere como possivelmente sendo a última,
não sei se a última, mas que vai ajudar a afunda ainda mais a
teledramaturgia da Record, vai. Já sabemos disso, elenco fraco, direção
fraca e previsível e com texto do Lombardi que fez boas coisas na TV,
mas depois acabou sua criatividade, sabem por quê? Deixou de existir
atrás dele aquele que sempre foi seu mentor, inspiração, aquele do qual
ele, Lombardi, foi assistente anos, Silvio de Abreu, aliás os dois nunca
trabalharam mais juntos, e vocês perceberam que depois que Silvio de
Abreu não assumiu o departamento da Globo, como um supervisor ou
consultor geral de teledramaturgia, Lombardi nunca mais fez nada, até
não ter seu contrato renovado pela Globo. E aí foi para a Record, e vive
enchendo o saco de todo mundo no face, contando com está o andamento da
novela, as leituras de texto, que tal ator está muito bem, mentira,
esse ator que ele se refere como uma grande surpresa, se ele, Lombardi,
estivesse na Globo, primeiro este ator não estaria escalado, segundo se
tivesse escalado, Lombardi nem estaria olhando para ele.
Eu não aguento essa, em 1991 tive a
coragem de mandar o Lombardi tomar no cu dele, ele pegou e matou meu
personagem como vingança (risos), eu saí mas cedo da novela ["Perigosas
Peruas"] e fui curtir Nova York , agora tenho lido esses textos enormes
que ele posta de estar amando. Sabe que pensando bem eu concordo, poderá
sim ser inesquecível e lembrada como a última novela da Record, depois
disso, se a Record realmente quiser fazer algo pela teledramaturgia ,
vão ter que contratar bons diretores de primeira, elenco de primeira,
autores de primeira, apostar primeiro em minisséries mais curtas e
coesas, com qualidade… “Rei Davi”, “Sansão e Dalila”, “A História de
Ester” e “José do Egito” podem ter uma fotografia linda, cenários
maravilhosos, arte boa, mas os nossos atores parecem estar no Teatro
Tablado de Maria Clara Machado, e digo mais, ninguém aguenta mais Renata
Domingues e Bianca Rinaldi de protagonistas, quando não é uma, é outra,
puta que pariu.
Bom, antes quem tomava conta da
teledramaturgia da Record, acreditem, era um cara chamado Hiran
Silveira, contador de banco, da área administrativa do campo financeiro,
sua experiencia em teledramaturgia é com Pica-Pau, pergunto eu a vocês?
Poderia dar certo assim?
Abraços, Alexandre Frota, colocando a boca no trombone. Venham me calar.”