"Venho me preparando há três anos, comecei a estudar teatro com 17. Já passei por outras seleções na televisão, mas esse foi o primeiro papel que peguei como ator. Estou radiante com essa novidade e disposto a me dedicar ao máximo para que dê certo", valoriza o jovem de 20 anos, que é filho do humorista Emílio Surita, apresentador e líder do Pânico na Band, e já grava cenas dos 50 primeiros capítulos da novela, voltada para o público infantil.
Na história, Beto é um tipo irresponsável e mulherengo, desses que só pensam em curtir as coisas boas que a vida pode oferecer sem grandes preocupações. Irmão da heroína Carol, papel de Manuela do Monte, diretora do orfanato que ambienta a maior parte das cenas do folhetim, consegue uma vaga para trabalhar na empresa do pai do mocinho Júnior, vivido por Guilherme Boury. E lá vê sua realidade mudar ao conhecer a doce Clarita, interpretada por Letícia Navas, que apresentava com ele o TV Globinho.
"Adorei essa escolha. Eu e Letícia temos um entrosamento forte, somos melhores amigos. Ficamos muito felizes e até mais seguros por repetir uma parceria que deu tão certo e também em um programa para crianças", conta.
O diretor-geral da novela, Reynaldo Boury, não esconde que a escolha da dupla foi proposital, para tentar atrair as crianças que já eram fãs de Emílio e Letícia na outra emissora. Ciente das expectativas que isso gera na equipe, o ator está mesmo disposto a tentar fazer o melhor. Tanto que aproveita as poucas horas que passa longe dos estúdios de gravação tendo aulas com o "coach" Fernando Leal. E divide o instrutor de dramaturgia com a colega.
"A nossa intenção é fazer com que a galera goste do que vai ver. E por mais que eu já tenha feito cursos ao longo desses anos, é completamente diferente do que eu vinha fazendo na televisão. Mas sempre tive essa consciência, então desde o início tenho observado muito", explica ele, que assume que o fato de não ver a novela no ar enquanto grava tantos capítulos diferentes dificulta um pouco o trabalho e aumenta ainda mais a sua própria ansiedade.
Com uma formação voltada para teatro, Emílio passou por uma experiência que agora o ajuda na hora de encarar as gravações da novela. Quando foi convidado para apresentar o TV Globinho, ele fazia parte da turma da concorrida Oficina de Atores da Globo. Outro fator que o favorece é o fato da trama ser toda ambientada em São Paulo. Enquanto alguns colegas de elenco precisam desenvolver um trabalho com a ajuda de fonoaudiólogos, como o protagonista carioca Guilherme Boury, Emílio pode investir bastante no jeito paulistano de falar carregado.
"Fico imaginando a concentração que algumas pessoas precisam ter. É inegável que poder aproveitar meu próprio sotaque me deixa mais à vontade tanto na hora de decorar quanto de dizer o texto", assume.
Apesar de saber tocar violão, Emílio não faz ideia se a equipe pretende aproveitá-lo na parte musical de Chiquititas.
De acordo com a direção da novela, a meta é ter pelo menos três clipes musicais a cada 10 capítulos exibidos. Mas acredita que, para soltar a voz, dificilmente será requisitado.
"Estou aberto a tudo. Eu não canto e nunca fiz aulas, mas estou disposto a tentar se for preciso. Pela sinopse, o Beto já participou de bandas. Pode ser que isso seja trabalhado mais para frente. Até agora, não rolou nada", diz.
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