Questionada se era a favor ou contra a legalização da maconha, Soninha respondeu que é a favor da legalização, e não do uso. Para a pré-candidata, o dinheiro que essa indústria gera tem que sair das mãos do tráfico. “Ainda bem que quem fabrica o tabaco é a Souza Cruz e não o PCC”, afirmou.
Perguntada sobre a ascensão de mulheres ao poder e se está preparada para tomar conta da quarta maior metrópole do mundo, Soninha disse que seus anos como repórter a ajudaram a conhecer a cidade com outro olhar. E que como vereadora passou a entender mais de política e se jogar de cabeça. “Se eu pudesse, começaria agora. Uma das ações que começaria, mas que só daria resultado a longo prazo, é a construção de moradias a preços mais acessíveis na região central de São Paulo”.
Outro dos problemas, que para a pré-candidata é prioritário, é o transporte coletivo. Para Soninha, seria mais eficiente que o cobrador e a catraca saíssem de dentro do ônibus e passassem a ficar nos pontos. “Esse novo sistema começaria nos corredores. Claro que nós ainda temos pontos que não têm o mínimo de ponto, como cobertura ou placas informativas, mas temos que começar de algum lugar. Nos horário de pico, por exemplo, o ônibus abre todas as suas portas e as pessoas embarcam e desembarcam melhor”, afirmou.
Para diminuir o congestionamento na região central, a candidata defendeu a ideia de pedágios urbanos, para que a população passe a utilizar menos o carro e optar pelo transporte coletivo. “Em todos os lugares que isso foi adotado, o congestionamento diminuiu significativamente”, disse.
Na área da saúde, Soninha disse que uma das medidas de urgência é fazer mutirões, para que a população possa ter suas necessidades atendidas rapidamente. “Não é a solução, mas é válido para tirar o atraso. Um dos itens que devem ser melhorados é o de marcação de consulta. Já temos internet hoje, seria mais fácil se as pessoas não precisassem ir até lá o balcão e pegar a fila, senha e de repente ter que voltar outro dia porque não conseguiu. Temos que fazer os fluxos funcionarem e melhorar o programa Saúde da Família”.
Quanto à educação, Soninha apontou que um dos principais problemas é que falta um plano de carreira para os profissionais e os espaços físicos de ensino. “Temos que ter funcionários e alunos em prédios agradáveis e convidativos, com espaços que os façam sentir-se bem”. Outro ponto lembrado pela pré-candidata foi a questão das vagas em creches. “Continuo achando bom as creches conveniadas, se não tem vaga gratuita, a família deve ter uma bolsa para que não pese no orçamento”.
Em termos de campanha, a pré-candidata afirmou que investirá bastante na internet. “Na rede eu tenho um espaço que nem os debates vão me proporcionar e nem o horário eleitoral. Então vou aproveitar para expandir minhas idéias. Além disso, a interatividade é maior, posso receber dúvidas, sugestões e etc”, finalizou.