Em um bate-papo com o site do SBT, enquanto se arrumava para mais um dia de gravação, Arlindo Grund falou do sucesso do programa e ainda revelou qual é o seu estilo. Confira:
Como surgiu a ideia do programa?
Da necessidade de ter um programa na TV aberta falando de moda e, principalmente, dando dicas. Costumo dizer que é uma consultoria exclusiva para quem está vendo o programa. E para preencher a lacuna também enquanto o Esquadrão da Moda está de férias. A gente precisava ter um programa de dica na TV aberta e um programa de cinco minutos, em que eu consiga passar uma informação concisa e a pessoa que está em casa consiga absorver o que eu estou falando e perceber que moda não é um bicho de sete cabeças. Já não é somente aquelas imagens que a gente vê tão criativas na revista. Moda também faz parte do nosso dia a dia. Até na hora que você vai dormir, escolher o seu pijama, você está falando de moda, mesmo de uma maneira inconsciente. Se você vai dormir sozinho, você pode escolher aquele seu pijama rasgado, furado, o melhor de todos. Mas, se você vai dormir acompanhado, você vai escolher seu pijama ou sua camisola mais adequada para aquela companhia.
Como é para você fazer um programa diário, já que o Esquadrão era semanal?
Uma loucura. O ritmo de gravação é o mesmo porque o Esquadrão, mesmo sendo uma vez por semana, a gente gravava todos os dias. Agora, o diário a gente está gravando uma média de três programas por dia. É pauleira, mas quando você faz o que você gosta, o cansaço só aparece depois, quando você chega em casa, depois do banho... Está sendo bom poder levar informação de moda para quem não tem condições de comprar uma revista. A gente sabe que o Brasil está em desenvolvimento, ajudando outros países, mas a maioria das pessoas não recebe tanto dinheiro e não tem condições de pagar 10 reais numa revista. Levar essa informação para a TV aberta e fazer com que as pessoas percebam que aquilo é bom para elas é um máximo.
E o interesse das pessoas está cada vez maior...
Acho que a audiência responde isso, né? (risos) Meu Twitter está bombando. Está sendo muito, muito, muito legal.
Os homens também estão muito interessados...
Claro. Foi até uma coisa que eu falei com a produção. A gente precisa ter dicas para homem também. O homem também precisa de informação de moda. Ele não tem essa cultura de folhear uma revista, pegar um guia e ver aquilo que é bom para ele. Mesmo que ele não veja na TV, a mulher vai ver, a irmã, a prima, e vai falar para ele.
O programa não tem estúdio...
A gente precisa ter externa porque quanto mais possibilidades de roupas a gente tiver para montar o look e apresentar para quem está em casa é melhor. E tem a possibilidade, por exemplo, de eu querer uma bermuda (para montar o look) e na loja tem tudo. Principalmente, porque a gente vê a loja de acordo com a pauta. E a produtora de moda vai antes para checar se tem tudo.
O "Tenha Estilo" também conta com desafios. Um dos mais comentados foi quando você mostrou que dá para comprar boas peças até em um supermercado.
Há uma tendência muito forte na moda mundial feita por pessoas inteligentes que é a high & low (o alto e o baixo) que significa misturar peças de grife com peças mais baratas e que podem tranquilamente ser compradas no supermercado.
Você pode pegar um casaco incrível e colocar com uma calça de supermercado.
E quanto às sugestões de pautas do público?
Anoto o que as pessoas falam nas ruas. Acho legal ter essa abordagem do público. O que mais me pedem é a "moda de gordinha"
Como você avalia seu crescimento como apresentador desde a estreia do Esquadrão da Moda até agora?
É essa coisa de estudar e se dedicar mesmo. Eu gosto de me assistir para ver o que eu não tenho que fazer, porque às vezes eu fico me policiando e outras fico muito travado com medo do que vai ser. Aí eu vejo que quanto mais liberdade eu me der e mais natural eu for, acho que a coisa fica mais legal. Tanto que no Tenha Estilo a gente tem as perguntas e eu não sei antes quais são, porque se eu tiver as perguntas antes eu vou ficar pensando nas respostas e não sairá espontâneo.
Como é falar com todos os públicos no programa?
Procuro trazer uma linguagem mais coloquial, claro que estou pontuando com o linguajar de moda, mas sempre trazendo a tradução, também para educar as pessoas quanto a este universo. É esse o meu papel.
Você consegue fazer uma avaliação do seu estilo?
Acho que eu sou uma pessoa eclética, mas eu gosto muito de misturar alfaiataria com uma pegada esportiva. Ter um sapato mais clássico com uma calça mais despojada, com uma camisa mais soltinha. Gosto desse mix, mas também gosto de estar mais formal, de estar desleixado, de short e camiseta na praia. Eu misturo vários estilos em um só.
TENHA ESTILO
De segunda a sexta, às 17h10