1 de dezembro de 2011

Fracasso de “Amor e Revolução” deixa lições importantes no SBT

“Amor e Revolução” entra em sua reta final e não deixará saudades entre os executivos do SBT. Faltam apenas 31 capítulos para serem exibidos e muitos afirmam que o tempo poderia correr para o folhetim deixar logo a grade. A novela de Thiago Santiago está muito longe dos números planejados pela emissora e terminará como um dos piores retornos de audiência da TV de Silvio Santos. Na Anhanguera, são muitos os que defendem uma redução nos capítulos para que a novela saia logo do ar e entre em seu lugar séries até a programação especial de verão que estreará no dia 16 de janeiro. Mas isso jamais acontecerá porque, como sinal de amadurecimento empresarial, o SBT decidiu manter a novela no ar até a sua conclusão.
 
O fiasco de “Amor e Revolução” é assunto de conversas dentro e fora do SBT e divide opiniões. Há quem acredite que a novela não deu certo porque o autor exagerou na violência com cenas fortes de tortura e que a ditadura é um tema com pouco apelo para o público. Nas conversas sobre o folhetim também é muito comum ouvir que momentos polêmicos (beijo gay, por exemplo) serviram mais para afastar o telespectador do que para gerar repercussão.

O fato é que, independente das diversas teorias, “Amor e Revolução” é a prova concreta de que novela só acontece quando está no ar porque no papel tudo pode ser perfeito, mas se não há química com quem está em casa, a coisa não funciona. Outra conclusão, e a mais óbvia, é que não adianta produzir novelas se não tradição da emissora em exibi-las e não há uma indústria pensando nos próximos títulos. Para o SBT ter sucesso em novela, antes de mais nada, precisará entender que esse não é o tipo de produto que pode surgir e desaparecer da grade. É fundamental ter compromisso com os noveleiros.
 
Por José Armando Vanucci

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