O interesse pela carreira de ator surgiu de forma natural para Diogo Savala Picchi. O sobrenome já denuncia. Filho da atriz Elizabeth Savalla com o ator Marcelo Picchi, passou a infância brincando pelos bastidores da televisão. "Cresci e meu fascínio com a área só aumentou. Fui morar nos Estados Unidos. Passei 12 anos lá, onde estudei atuação e aprendi muitas coisas sobre o modo de fazer tevê por lá. Mas a saudade do Brasil falou mais alto", conta. Em sua volta ao País, Diogo não se apoiou apenas nos sobrenomes de seus pais e passou a fazer testes em diversas emissoras. A resposta positiva veio do SBT, onde ele dá vida ao padre Bento, de Amor e Revolução.
Na trama de Tiago Santiago, o desenvolvimento de Bento é motivo de surpresa para o intérprete. A princípio, o personagem seria apenas um religioso contrário à Ditadura Militar. No entanto, no decorrer da trama, o padre acaba demonstrando sua tendência ao bissexualismo. "Tudo foi feito de forma leve e cheia de humor. Esse trabalho me enche de orgulho. É uma abordagem bem corajosa sobre o período", elogia. Com o fim das gravações de Amor e Revolução, Diogo só quer saber de trabalho. Enquanto não aparece outra oportunidade na tevê, ele investe no teatro e na produção de cinema. "Sou muito curioso e quero me arriscar por caminhos mais alternativos", avisa.
Nome: Diogo Savala Picchi.
Nascimento: 2 de agosto de 1977, no Rio de Janeiro.
O primeiro trabalho na tevê: "Um programa de comédia chamado Subriliant Television, no canal Access TV. Foi em 1998, quando estava nos Estados Unidos".
Interpretação memorável: Marlon Brandon no filme Uma Rua Chamada Pecado, de Elia Kazan.
Um momento marcante na carreira: "Quando ganhei uma bolsa de estudos integral na escola de atuação Lee Strasberg Theatre and Film Institute, em Los Angeles".
Sua atuação inesquecível: "No espetáculo Eve of the Trial, de Samm-Art Williams. A história se passa em Luisiana, em 1919. Meu personagem era um russo expatriado e bígamo prestes a ser enforcado".
Ao que gosta de assistir na tevê: "Adoro os documentários do Discovery e programas de culinária. De preferência do 'chef' Jamie Oliver".
Ao que nunca assistiria: Big Brother Brasil e A Fazenda.
O que falta na tevê: "Gostaria de ver mais 'sitcoms' brasileiros".
O que sobra na tevê: "Reality shows que não têm nada de realidade".
Ator: Marcelo Picchi.
Atriz: Elizabeth Savalla.
Cena inesquecível na tevê: "O ataque às Torres Gêmeas. Morava nos Estados Unidos na época".
Com quem gostaria de fazer um par romântico: "Sophia Loren! Meu Deus, eu casaria com ela!".
Com quem gostaria de contracenar: Michael Caine.
Novela preferida: "Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1989".
Vilão marcante: Ravengar, interpretado por Antônio Abujamra em Que Rei Sou Eu?".
Melhor abertura de novela: "Tieta, de Aguinaldo Silva, exibida em 1989".
Canção inesquecível de trilha sonora: "Tieta, de Luiz Caldas, da novela Tieta".
Autor favorito: "Impossível citar apenas um. Alguns dos meus preferidos são: Kurt Vonnegut, Machado de Assis e Fernando Sabino".
Diretor favorito: Alfred Hitchcock e Stanley Kubrick.
Filme: "Os Excêntricos Tenenbaums, de Wes Anderson."
Mania: "De perder óculos e guarda-chuva".
Medo: "De fantasmas".
Projeto: "Estou me preparando para voltar ao teatro ao lado da Dani Moreno em Nunca Abra a Porta Depois Da Meia-Noite. Também estou captando recursos para fazer um filme baseado no romance Os Rumores Imprecisos Das Conversas Alheias, escrito pelo meu irmão Thiago Picchi".
No ar em Amor e Revolução, SBT, de segunda à sexta, 22h15.