Porém, todos os veículos de comunicação têm o direito de levar aos seus leitores, ouvintes ou telespectadores toda e qualquer informação pública.
Seguindo as orientações da Fifa, todo o jornalista que faria a cobertura do sorteio precisou se credenciar com a entidade que analisou cada pedido.
Entre os barrados, Record e SBT ficaram sem representantes na festa. As emissoras tiveram o pedido de credenciamento negado, mesmo àqueles que acompanham, com regularidade, a presidente Dilma Roussef em seus compromissos oficiais.
Às vésperas do sorteio das eliminatórias da Copa de 2014, a equipe da presidente pediu cerca de 80 credenciais. Conseguiu algumas, mas a Fifa não quis dar autorização para Record e SBT acompanharem Dilma no evento.
O COL informou ao estafe presidencial que a federação internacional não poderia ferir o contrato com a Globo, que tinha exclusividade na solenidade, organizada pela Geo Eventos, da qual a emissora é uma das sócias.
Até a presidente Dilma se irritou. Ela e seu estafe interpretaram como uma retaliação de Ricardo Teixeira à Record, que tem exibido reportagens com denúncias contra o dirigente.
Para o governo, a Fifa foi arrogante. O COL argumentou que além do problema contratual havia uma limitação de espaço, sem contar que o prazo para credenciamento já tinha terminado. Defendeu-se também dizendo que concorrentes da Globo tiveram liberdade para trabalhar nas entrevistas após o evento.