Para quem, ao longo de toda sua existência, se rendeu ao padrão dos dramalhões mexicanos, o impacto de agora, com um produto que discute a Ditadura Militar e os seus desdobramentos, parece que foi bem além do esperado.
Na semana passada, depois de uma reunião com a cúpula da emissora, o diretor Reynaldo Boury passou o sábado praticamente inteiro na ilha de edição, retirando o que a casa considera inadequado para a televisão.
Embora não se admita e se use como desculpa a baixa audiência, há uma intervenção no trabalho. Uma medida que, curiosamente, vai contra a própria linha da história, que faz críticas a censura de outros tempos.
“Amor e Revolução”, após as modificações, vai procurar passar a imagem de novela tradicional. E bem comportada. Claro que não era este o seu objetivo.