Além do apelo nostálgico, trazer de volta ao ar gente que estava afastada do vídeo gera "uma repercussão enorme", segundo o autor de "Amor e revolução", Tiago Santiago. Ele escalou nomes como Lúcia Veríssimo, Fátima Freire, Claudio Cavalcanti e Nicole Puzzi para a novela do SBT.
- Eu me preocupei em dar bons personagens para essa turma. Vejo os grandes nomes que estão fora das novelas e anoto no meu caderninho. Como o SBT não tem um banco de elenco, preciso buscar os atores no mercado - explica Santiago.
- A repercussão tem sido maior do que eu esperava - aponta a atriz, que foi contratada da Globo por 12 anos e já trabalhou em quase todas as emissoras: - Fiquei fora do ar por falta de convites. As coisas não aconteciam. A carreira de ator tem seus altos e baixos e não depende só da gente. Também existe muita panelinha no meio.
Nicole Puzzi, a vilã Feliciana de "Amor e revolução", já tinha desistido da carreira - ela foi musa da pornochanchada e se destacou como a médica Luiza em "Barriga de aluguel" (1990) - quando recebeu um convite do diretor Reynaldo Boury para fazer a novela do SBT.
- Não tinha intenção de voltar, mas o universo conspirou a favor. Sou bem resolvida. Se tiver que continuar, vou continuar - diz Nicole, de 52 anos.
Com mais de 40 novelas, Claudio Cavalcanti, o Geraldo da obra de Santiago, não atuava há dez anos, desde "Roda da vida", na Record. O ator emendou dois mandatos como vereador do Rio, de 2000 a 2008, e não conseguiu conciliar os trabalhos.
- Eu represento desde os 16 anos e sentia saudade o tempo todo. O público também cobrava minha volta - afirma Cavalcanti, 71 anos.