20 de abril de 2011

"Queriam minha cabeça", diz José Dirceu em depoimento para "Amor e Revolução"

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O petista José Dirceu vai dar sua versão da ditadura que imperou no Brasil entre 1964 e 1985 na novela "Amor e Revolução", do SBT. O depoimento vai ao ar no final do capítulo desta quarta-feira (20).

Dirceu vai falar como foi ser um líder estudantil fortemente perseguido, pois "queriam sua cabeça". Ele também falará sobre o treinamento militar que fez de guerrilha em Cuba e sobre a primeira cirurgia plástica que se submeteu, para mudar sua fisionomia e retornar ao Brasil.
Em tempo

No início do mês, um grupo de militares resolveu fazer um abaixo-assinado contra a novela de Tiago Santiago, que aborda o período da ditadura militar no Brasil.

Os donos do site queriam que a trama fosse proibida de ir ao ar no SBT.

No texto, os autores diziam que "é óbvio que o governo federal através da comissão da verdade, recém criada, está participando do acordo em exibir a novela Amor e Revolução no SBT. Parece-nos que se trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o saneamento do Banco Panamericano do próprio empresário. As forças armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as forças armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução".

E completaram: "sendo assim, o efetivo da forças armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vêm respeitosamente através desse abaixo assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal, representado acima, providências em defesa da normalidade constitucional, vista o cumprimento da lei de anistia existente, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Nestes termos pede deferimento em caráter urgentíssimo".

Porém, o Ministério Público Federal do DF arquivou o pedido.

A procuradoria argumentou que não foram apresentados "elementos mínimos para justificar a investigação".

Já sobre a insinuação de que a novela foi feita após um acordo de Silvio Santos visando o saneamento do Banco Panamericano, o procurador Peterson de Paula Pereira falou: “conjecturar que a teledramaturgia será exibida em troca de negociatas, objetivando desqualificar a imagem das Forças Armadas, pode ser tão nocivo quanto censurar o folhetim”.

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