Luciana Vendramini, 38 anos, vive a Marcela em Amor e Revolução, do SBT, de Tiago Santiago. Sua personagem é homossexual e terá um romance com Marina (Gisele Tigre), com direito a cenas românticas e até beijo na boca, sobre o qual a atriz disse que acha mais bonito do que o beijo heterossexual: "tem a plástica da beleza e deixa tudo com um clima mais fetichista". Ex-mulher do cantor Paulo Ricardo, ela namora Stefan Weitbrecht, 24, há três anos, e está pensando em se casar.
Luciana começou na TV concorrendo a uma vaga de Paquita no Xou da Xuxa, da Globo, em 1986. No ano seguinte, foi Garota do Fantástico e também posou nua para a Playboy, aos 16 anos. Ainda na emissora, participou das novelas Vamp, O Rei do Gado, Malhação e Da Cor do Pecado, além de vários episódios do Você Decide.
Em 2003, depois de quase quatro anos longe da mídia - ela teve Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) -, integrou o elenco da peça 4.48 Psicose, de Sarah Kane e, em dezembro, voltou a ser capa da Playboy. Contratada do SBT, participou de Uma Rosa Com Amor e agora está no elenco de Amor e Revolução.
Como define a Marcela?
Uma mulher forte, fiel amiga desde a infância de Marina, dona do jornal. É formada em direito, humanista, defende os prisioneiros políticos, não tem medo de encarar ninguém e assume sua homossexualidade com muita clareza.
Fez algum tipo de laboratório para viver a personagem?
Procurei ver muitos filmes, li algumas autoras feministas, como Simone de Beauvoir, e outras escritoras pra poder entender o caráter e a postura política da época de 1960.
Como e quando começa a história de amor entre Marcela e Marina?
Começa a dar sinais do capítulo 20 em diante. Ela começa a mostrar uma paixão não verbalizada pela melhor amiga, Marina. Por ser uma mulher forte e decidida, assume estar apaixonada e, a partir daí, desenvolve o relacionamento delas. Por outro lado, Marina reluta muito. Mas Marcela não desiste.
O diretor Reynaldo Boury me disse que já gravou a cena de beijo entre as duas. Foi difícil para você?
Ser dirigida pelo Reynaldo Boury está sendo um prazer. Ele é muito consciente. Nos deixou bem tranquilas na hora da cena do beijo. Para mim, foi uma surpresa, pen sei que ficaria um pouco nervosa, mas foi o contrário. Queria até que a cena se estendesse mais (risos).
Acha que o beijo entre elas vai causar uma revolução na TV brasileira?
Não. Acho que pode ser inusitado para uma cena de novela, mas na vida vemos isso com frequência. Novela é um folhetim que mostra a vida como ela é.
Acredita que o telespectador aceita melhor o beijo entre duas mulheres do que entre dois homens?
Acho mais bonito entre duas mulheres, tem a plástica da beleza e deixa tudo com um clima mais fetichista. Os filmes que assisti com cenas entre mulheres foram extremamente elegantes e bonitos, como Henry e June.
Já se sentiu atraída por alguma mulher?
Não.
Mas já recebeu cantada de mulheres? Se sim, como reagiu?
Sim, e minha atitude foi como a cantada de um homem. No começo, não entendi, achei que fosse carinho de duas amigas, que a pessoa gostava muito de mim e, por isso, ela demonstrava mais atenção. Mas depois fui entender que era uma paquera, aí reagi conforme meu interesse, que foi dizer, com naturalidade, que não ia rolar.
Você foi vítima de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). Quando descobriu o problema e como conseguiu superar?
Descobri em 1997. Nunca tinha ouvido falar, achei até que fosse um problema ginecológico (risos). Com esse nome, né? Mas saí do médico e fui direto a uma livraria comprar livros que falassem sobre o assunto e, na época, achei só um em inglês. Levei um tempo para me tratar, porque não aceitava o tratamento com remédio, já que sou naturalista. Tentei fazer vários tipos de terapia e buscar alguma cura através da palavra da psicanálise, mas não teve jeito. Precisei me tratar com 50% de remédios e os outros 50% fazendo terapia comportamental cognitiva. Aliado a isso, contei com médicas atenciosas. Desde 2003, nunca mais tive.
Durante quanto tempo passou por esse drama? E o que era mais difícil?
Até descobrir e tratar foram cinco longos anos. O mais difícil desse problema é aceitar que somos reféns de manias que normalmente não têm muita lógica. Isso me irritava profundamente, porque não conseguia ficar sem fazer a ¿tal¿ mania que fosse a do momento.
Você foi casada com o Paulo Ricardo. São amigos até hoje?
Não.
E do romance com Roberto Carlos, quais as recordações?
Nunca tive um romance com o Roberto, e sim uma amizade, com muito carinho e respeito ao próximo. Recordações dessa amizade? Saber que não existem homens tão educados e respeitosos como ele.
Você posou para a Playboy duas vezes. Posaria novamente?
Não.
Tem lembranças da época em que foi Garota do Fantástico?
Eu era muito nova também, tudo tinha muita novidade e chamava muita atenção. Hoje já existem muitas categorias de concurso de beleza. Naquela época era mais sonhador, tinha mais ingenuidade.
Como você conheceu seu atual namorado, Stefan?
Uma amiga me apresentou a ele em uma festa. Apesar de mais novo (14 anos de diferença) do que eu, ele tem alma de velho. Perto dele, sou infantil.
Pensa em se casar?
Como estamos apaixonados, o sonho de casar e ter filhos é uma constante nas conversas. Nunca casei na igreja, isso é bem único para mim. Acho que só casaria na igreja uma vez, e isso tem de ser com a pessoa mais que especial e amada, e o Stefan é essa pessoa.
E filhos, também estão nos seus planos?
Sim, tenho quatro sobrinhos, mas filhos dá muita vontade de ter, ver aquela pessoinha com a nossa cara deve ser emocionante.
Luciana começou na TV concorrendo a uma vaga de Paquita no Xou da Xuxa, da Globo, em 1986. No ano seguinte, foi Garota do Fantástico e também posou nua para a Playboy, aos 16 anos. Ainda na emissora, participou das novelas Vamp, O Rei do Gado, Malhação e Da Cor do Pecado, além de vários episódios do Você Decide.
Em 2003, depois de quase quatro anos longe da mídia - ela teve Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) -, integrou o elenco da peça 4.48 Psicose, de Sarah Kane e, em dezembro, voltou a ser capa da Playboy. Contratada do SBT, participou de Uma Rosa Com Amor e agora está no elenco de Amor e Revolução.
Como define a Marcela?
Uma mulher forte, fiel amiga desde a infância de Marina, dona do jornal. É formada em direito, humanista, defende os prisioneiros políticos, não tem medo de encarar ninguém e assume sua homossexualidade com muita clareza.
Fez algum tipo de laboratório para viver a personagem?
Procurei ver muitos filmes, li algumas autoras feministas, como Simone de Beauvoir, e outras escritoras pra poder entender o caráter e a postura política da época de 1960.
Como e quando começa a história de amor entre Marcela e Marina?
Começa a dar sinais do capítulo 20 em diante. Ela começa a mostrar uma paixão não verbalizada pela melhor amiga, Marina. Por ser uma mulher forte e decidida, assume estar apaixonada e, a partir daí, desenvolve o relacionamento delas. Por outro lado, Marina reluta muito. Mas Marcela não desiste.
O diretor Reynaldo Boury me disse que já gravou a cena de beijo entre as duas. Foi difícil para você?
Ser dirigida pelo Reynaldo Boury está sendo um prazer. Ele é muito consciente. Nos deixou bem tranquilas na hora da cena do beijo. Para mim, foi uma surpresa, pen sei que ficaria um pouco nervosa, mas foi o contrário. Queria até que a cena se estendesse mais (risos).
Acha que o beijo entre elas vai causar uma revolução na TV brasileira?
Não. Acho que pode ser inusitado para uma cena de novela, mas na vida vemos isso com frequência. Novela é um folhetim que mostra a vida como ela é.
Acredita que o telespectador aceita melhor o beijo entre duas mulheres do que entre dois homens?
Acho mais bonito entre duas mulheres, tem a plástica da beleza e deixa tudo com um clima mais fetichista. Os filmes que assisti com cenas entre mulheres foram extremamente elegantes e bonitos, como Henry e June.
Já se sentiu atraída por alguma mulher?
Não.
Mas já recebeu cantada de mulheres? Se sim, como reagiu?
Sim, e minha atitude foi como a cantada de um homem. No começo, não entendi, achei que fosse carinho de duas amigas, que a pessoa gostava muito de mim e, por isso, ela demonstrava mais atenção. Mas depois fui entender que era uma paquera, aí reagi conforme meu interesse, que foi dizer, com naturalidade, que não ia rolar.
Você foi vítima de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). Quando descobriu o problema e como conseguiu superar?
Descobri em 1997. Nunca tinha ouvido falar, achei até que fosse um problema ginecológico (risos). Com esse nome, né? Mas saí do médico e fui direto a uma livraria comprar livros que falassem sobre o assunto e, na época, achei só um em inglês. Levei um tempo para me tratar, porque não aceitava o tratamento com remédio, já que sou naturalista. Tentei fazer vários tipos de terapia e buscar alguma cura através da palavra da psicanálise, mas não teve jeito. Precisei me tratar com 50% de remédios e os outros 50% fazendo terapia comportamental cognitiva. Aliado a isso, contei com médicas atenciosas. Desde 2003, nunca mais tive.
Durante quanto tempo passou por esse drama? E o que era mais difícil?
Até descobrir e tratar foram cinco longos anos. O mais difícil desse problema é aceitar que somos reféns de manias que normalmente não têm muita lógica. Isso me irritava profundamente, porque não conseguia ficar sem fazer a ¿tal¿ mania que fosse a do momento.
Você foi casada com o Paulo Ricardo. São amigos até hoje?
Não.
E do romance com Roberto Carlos, quais as recordações?
Nunca tive um romance com o Roberto, e sim uma amizade, com muito carinho e respeito ao próximo. Recordações dessa amizade? Saber que não existem homens tão educados e respeitosos como ele.
Você posou para a Playboy duas vezes. Posaria novamente?
Não.
Tem lembranças da época em que foi Garota do Fantástico?
Eu era muito nova também, tudo tinha muita novidade e chamava muita atenção. Hoje já existem muitas categorias de concurso de beleza. Naquela época era mais sonhador, tinha mais ingenuidade.
Como você conheceu seu atual namorado, Stefan?
Uma amiga me apresentou a ele em uma festa. Apesar de mais novo (14 anos de diferença) do que eu, ele tem alma de velho. Perto dele, sou infantil.
Pensa em se casar?
Como estamos apaixonados, o sonho de casar e ter filhos é uma constante nas conversas. Nunca casei na igreja, isso é bem único para mim. Acho que só casaria na igreja uma vez, e isso tem de ser com a pessoa mais que especial e amada, e o Stefan é essa pessoa.
E filhos, também estão nos seus planos?
Sim, tenho quatro sobrinhos, mas filhos dá muita vontade de ter, ver aquela pessoinha com a nossa cara deve ser emocionante.