Por Adolfo Nomelini
Como foi o início da carreira?
Foi muito difícil. Precisava trabalhar para ter as coisas que desejava, tenho uma família muito conservadora e na época que existia a possibilidade de ser modelo eles foram totalmente contra. Eu tinha uns 14 anos então para fazer os cursos que eu queria para ser modelo e aprender a desfilar, andar de salto, maquiar, me vestir, comecei a trabalhar como recepcionista de feiras e eventos e a fazer figuração para ter meu próprio dinheiro. Até que aos 16 anos fui selecionada para o Garota do Fantástico e de lá fui projetada para a mídia e não parei mais de trabalhar.
Na época você já gostaria de ser atriz?
Claro! Ser atriz era meu sonho de menina. Queria ser uma grande atriz desde que fui ao cinema pela primeira vez, eu tinha uns 8 anos e falava para minha irmã: “você ainda vai me ver lá”, em referência à tela do cinema.
Você já trabalhou em diversas novelas, inclusive infantil. Como foi atuar para este público?
As crianças são de todos os públicos o mais importante, pois são sinceras e bastante seletivas sobre o que querem assistir. Convencer uma criança com teatro é uma tarefa para grandes atores. Trabalhei com os Trapalhões e com a Angélica. Tive um retorno muito bacana com as crianças. Elas sempre demonstravam gostar de mim e quando saia às ruas, além de um autografo ou foto, queriam ficar no meu colo, sempre foi muito gostoso trabalhar com as crianças.
Além de novelas, você também já participou de diversos comerciais. Lembra de alguma história interessante de bastidores?
Sempre me lembro de todas as minhas gravações. Eu trabalhei muito nessa área. Era gostoso sentir frio na barriga para fazer os testes de comercias. Batalhei muito, pois sempre me sustentei em relação á grana, então tinha que trabalhar. Alem de que, eu adorava o que fazia. Uma vez fui fazer um comercial de lingerie em uma fazenda. O lugar era lindo e a cadeira para se maquiar estava bem em frente ao espelho. O maquiador, pensando em me colocar sentada em frente à janela para olhar a vista, tirou a cadeira do local que estava e eu não vi pois estava de costas já me preparando para sentar. Foi quando me sentei com tudo no chão. Foi um tombo incrível, O maquiador ficou super mal por mim, ele me pedia desculpas o tempo todo e eu chorei porque doeu muito. Era muito boa essa época de modelo. Tenho muita saudade.
