19 de julho de 2010

Cláudio Lins reafirma imagem de herói romântico em novela do SBT

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Cláudio Lins é um romântico. E isso se reflete não só em seu comportamento, mas também no currículo. Na pele do mocinho Claude de Uma rosa com amor, do SBT, o músico e ator carioca experimenta encarnar, mais uma vez, um herói na tevê. Depois da estreia como o pianista Bruno de História de amor, em 1995, na Globo, o ator foi protagonista em Perdidos de amor, na Band; da lusitana Terra mãe, em Portugal, e em Esmeralda, atualmente em reprise no SBT. “Acho que me veem como o moço bonzinho”, diverte-se Cláudio, que ficou cinco anos longe dos folhetins. Pausa que não foi planejada nem deve se repetir, se depender da vontade dele. “Não tenho nada contra a tevê. Consigo conciliar meus projetos pessoais com tranquilidade”, avisa ele, que concilia as carreiras de ator e cantor.(1)

Na pele de um francês acostumado a viver no Brasil, Cláudio teve a ajuda de uma fonoaudióloga para treinar o sotaque. Mas também decidiu procurar um professor de francês para aprender um pouco do idioma. “Tudo isso foi determinante para que pudesse formatar uma sonoridade verossímil. E essa preocupação bateu assim que soube que papel faria na história”, explica. E confessa ter se sentido mais seguro neste trabalho por conta de um detalhe: “Carla Marins foi uma grande amiga quando estreei em História de amor. Repetir um par romântico com ela é não só confortável, mas também motivador”.

O fato de se tratar de um remake não foi tão impactante para Cláudio. O ator leu bastante sobre a primeira versão da novela — até para entender a história — e pesquisou vídeos da obra original na internet. Mas não sentiu falta de ver mais material. “Não achei que fosse tão importante. No primeiro momento, não me interessou. Talvez para que aquelas imagens não influenciassem o meu trabalho”, analisa ele, que ficou feliz ao descobrir que interpreta um personagem defendido por Paulo Goulart em 1972. “Trata-se de um dos atores que mais admiro e isso mexeu comigo quando fui chamado”, garante.

Em sua segunda passagem pelo SBT, Cláudio afirma que se trata de uma época completamente diferente na emissora. “Não posso reclamar, porque Esmeralda foi uma experiência boa. Mas o núcleo de dramaturgia está bem mais estruturado. O que facilita o trabalho”. Cláudio chegou a tentar trabalhar com o diretor Del Rangel e o autor Tiago Santiago antes de Uma rosa com amor. Com o primeiro, fez um teste para Dance dance dance. Com Tiago, tentou uma vaga em Os mutantes, por intermédio do diretor Alexandre Avancini. Mas não conhecia o autor. “Não sei se já cheguei a fazer algum Você decide escrito por ele, na Globo. Fiz também participação em Malhação, não sei se foi na época em que o Tiago escrevia”, recorda o ator.

Além do posto de protagonista, Cláudio pode mostrar em Uma rosa com amor mais do que sua interpretação de ator. Ele emplacou uma canção de seu segundo CD na trilha sonora da novela. Cupido, que chegou a ser gravada por Maria Rita, foi escolhida pela direção da emissora. “Não foi uma imposição minha, eles é que sugeriram. Adorei porque é uma forma de mostrar para o público outro talento meu”, explica Cláudio, que lançou em 2009, pela gravadora Biscoito Fino, o álbum Cara.

Dividido
Filho de atriz e cantora Lucinha Lins e do cantor e compositor Ivan Lins, Cláudio estreou nos palcos aos 11 anos, atuando em musicais. O interesse pelas artes cênicas começou a aparecer aos 16, quando estudou, na escola, a obra Romeu e Julieta, de Shakespeare. Aos 18, matriculou-se no Tablado, no Rio, e não parou mais, estreando na tevê cinco anos depois, em História de amor. Em 1999 lançou o primeiro CD, Um. “Já parei para tentar separar minha vontade de ser ator da que sinto em relação à música, mas não funciona assim. Sinto-me um artista e tento aproveitar várias formas de expressar minha arte”.

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