9 de abril de 2010

RATINHO

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Ontem RATINHO mostrou que ainda não perdeu o jeito de fazer televisão polêmica e de intensidade grande.
Seu programa atingiu 11 de pico de ibope, numa entrevista difícil feita com o assassino da filha de Glória Peres.

Glória, que com toda razão era contra a entrevista ir ao ar, deveria publicamente elogiar Ratinho pela maneira que conduziu o programa, colocando as perguntas uma a uma com argúcia e sabendo exatamente onde iria atingir o entrevistado.

Num determinado momento, o entrevistado Guilherme de Pádua começou a demonstrar incoerência em suas respostas, insegurança pra quem se diz arrependido e a máscara de psicopata caiu.

Demorasse mais dez minutos e com certeza Guilherme abandonaria o programa.

RATINHO, em nenhum momento perdeu a dignidade e o comando do programa, tratando sempre o entrevistado na linha adequada do respeito jornalístico.

Mas no final, Ratinho, um homem vivido, que já passou por diversas situações difíceis em sua vida, e superou a todas, não se conteve, deixando o lado jornalístico imparcial de lado e dando sua posição pessoal, dizendo na cara do assassino que se fosse ele, Ratinho, o pai da moça, jamais perdoaria o assassino.

Foi um final grandioso, até de emoção, de uma entrevista polêmica em que Ratinho mostrou que, da mesma maneira que apresentava com muita maestria o programa Nada Além da Verdade, sem chacota, sem pastelão, com emoção e competência, pode comandar nos finais da tarde um programa de bom conteúdo.

É este o Ratinho que o povo aprendeu a gostar, admirar, deliciar-se com sua passionalidade.

Triste é que este mesmo notável Ratinho volte a fazer seu programa hoje de forma errada, com avacalhação, sem roteiro, sem direção, sem estratégia, com pseudo-humor, e que perde um ibope que o povo quer lhe dar e lhe dá sempre que ele demonstra e apresenta um bom programa.

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