15 de abril de 2010

Exclusivo: Zach Levi, ator que interpreta Chuck, fala sobre a série ao site do SBT

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A repórter Renata Pereira foi aos estúdios da Warner Bros em Los Angeles e entrevistou Zach Levi, o astro da série Chuck, sucesso no Brasil e no mundo, que acaba de encerrar as gravações da terceira temporada. Para os fãs, uma boa notícia. Em breve o SBT exibirá os novos episódios!



Confira a entrevista que contou com a participação dos criadores da série, Chris Fedak e Josh Schwartz:

Zach, o quanto de você está no Chuck e o quanto do Chuck em você?
Zach - Muito. Não esse ‘muito’ deprimido! Muuuuuito! Mas o nerd Chuck. Não tenho um lado espião. Tenho uma coisa de querer ser espião... acho que seria legal se algum órgão do governo viesse até mim e dissesse: "Hey, essa sua profissão de ator é o disfarce perfeito!" Eu diria logo: "Vamos nessa! Me dá o aparelhinho do ouvido. Terei uma arma? O que eu faço?" (Risos). Não... mas eu acho que muito de mim é o Chuck e muito do Chuck sou eu. O mesmo com o Joshua e o Morgan.

Com o passar do tempo seu personagem está cada vez mais ligado à ação da história. Como é isso pra você?
Zach - Ah, é ótimo! Eu acho que eles espelharam o Chuck em MacGyver, no sentido de que ele não gosta de armas. Então, eu realmente quase não uso armas, o que não deixa de ser divertido. Mas eu também quero atirar! (risos)

Como um cara que joga video-games o tempo todo, é claro que eu quero sair atirando. Mas também é ótimo poder botar o pessoal pra correr, enfrentar os bandidos e não apenas a gritar como uma menininha e fugir. Eu acho que essa é uma boa jogada na direção certa. Então tem sido divertido e desafiador, porque agora tenho que aprender a coreografar a luta. Isso tudo é ótimo!

Será que o Chuck pode se tornar bom nisso e transformar o programa? Quem sabe virar um Jack Bauer...
Zach – (transforma a voz e começa a imitar Jack Bauer, de 24 Horas) “Chloey, quero cruzar a cidade em 10 minutos”. (Zach faz voz de mulher) “Claro!” (risos) Não sei ... Esta seria uma pergunta mais para os criadores, Chris Fedak e Josh Schwartz. Mas eu imagino que as coisas devam avançar nessa direção.

Chris Fedak – Desde o início queríamos que o Chuck fosse o peixe fora d’água. E quando começamos a discutir a terceira temporada, em que ele agora tem a habilidade de ser espião, foi muito importante pra gente manter em mente que ele continua sendo um cara normal.

Ele não pode se tornar alguém que de uma hora pra outra começa a usar armas, prender bandidos e tudo o mais. Ele não pode se tornar o Jack Bauer. Nós sempre conversamos muito sobre o futuro do Chuck. E o que você acha que vai acontecer com ele, pode não ser exatamente o que vai acontecer. Vou deixar nisso...

Zach - Acho que com o tempo ele vai se tornar um espião cada vez melhor. Eu não sei se algum dia ele poderia se tornar um Jack Bauer. Não há muita ternura em Jack Bauer e ele mata muita gente...

Joshua - Ou talvez ele seja apenas um cara que tenha tido 7 dias realmente ruins. (risos) (se referindo às 7 temporadas de 24 Horas) (Joshua começa a imitar Jack Bauer) “Por que eu não posso ter 1 dia em que alguma coisa dá certo?”

Zach - É, mas seria divertido botar todo mundo pra correr daquele jeito, sem necessariamente ser grosso e arrogante. Você tem que manter a emoção, a sensibilidade, senão, você perde a essência do Chuck, que é o coração mole.

Essa é uma linha tênue, já que ele pode estar se tornando uma arma letal, e aí não é mais o Chuck...
Zach - Sim, é uma linha bem tênue para os escritores e para nós. Mas eu acho que esta temporada teve uma virada, o que permitiu muitas mudanças. É também uma temporada muito mais dramática. Eu vi em alguns fóruns que os telespectadores estão receosos de a história tenha se tornado pesada. Eu não sei... Mas é um pouco mais pesada que a primeira temporada. A primeira temporada foi muito mais cheia de brincadeiras e gracinhas, alguns amaram e outros odiaram.

Algumas pessoas diziam "eu amo a série! É tudo tão light! Aí vai o criminoso da semana...” E eu queria ter um bandido que durasse por vários episódios. Queria ter tipo um arco na história. Mas aí veio a greve dos roteiristas, e só tivemos 13 episódios de qualquer jeito. Mas quando voltamos para a segunda temporada, começamos a mudar nesse sentido, especialmente no final. Tivemos muito mais mitologia, Scott Bakula e Chevy Chase chegaram e deram bons ritmos. A Jordana Brewster também. Nós tivemos várias ‘histórias por trás da história’ muito boas e os personagens cresceram bastante.

O mesmo acontece nesta temporada. Mas eu sempre tento manter a sensibilidade do Chuck nisso tudo, porque no final das contas ele ainda é um bom rapaz, ele está tentando fazer o certo. Ele quer se tornar um espião porque foi informado pelo governo de que é um cara especial que pode ajudar muita gente. E também porque ele acredita que se se tornar um espião de verdade, ele finalmente poderá ficar com a Sarah. Portanto, tem muita explicação por trás disso tudo. Mas para quem faz o que ele faz, há várias conseqüências. Isso é o que vamos ver nesta temporada atual.

Josh, qual foi a sua inspiração pra criar esse programa?
Josh Schwartz - Eu queria fazer um programa sobre jovens de 20 e poucos anos, que é aquela época da vida quando tudo começa a acontecer do jeito que você sempre planejou. Muitos programas também abordam este tema, mas eles tendem a ser light demais, e eles nem têm histórico de sucesso. O público de 30 não quer assistir porque acha que jovens de 20 só reclamam do colégio, e os que ainda estão no colégio acham que quem está na faixa dos 20 é velho demais. Então, pensamos numa maneira de colocar um algo a mais – como criar uma comédia com um espião - nesse personagem de 20 e poucos anos.

Como vocês podem perceber pelo interesse da imprensa internacional, os geeks vão além das fronteiras...
Chris Fedak – Claro! Acho que todo mundo está virando geek de uma certa forma, isso tudo vai além das fronteiras. Não há regras na Internet e no mundo digital, e hoje, todo mundo vive neste outro mundo dos emails.

Acho que esse é um dos motivos do sucesso internacional. Não é como nos anos 80, em que nerd era alguém à parte, que você conhecia. Hoje, todos nós temos um pouco de nerds.

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