[Texto: Priscila Tieppo]
Roberto Cabrini migrou da Record para o SBT e diz estar bastante satisfeito com seu retorno à emissora de Silvio Santos. O jornalista comandará o programa de reportagens especiais “Conexão Repórter”, a partir do próximo dia 4 de março, às 22h15. “Aqui, fui premiado, inclusive na APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) quando fazia o ‘SBT Repórter’ e, além de ter sido importante historicamente, Silvio me fez uma proposta irrecusável e eu aceitei”, contou.
Leia a íntegra da entrevista com Roberto Cabrini:
Abril.com: Cabrini, fale sobre a estrutura do programa e qual é o diferencial dele para os outros programas que também seguem a linha da grande reportagem?
Roberto Cabrini: A base é sempre a grande reportagem, que é tão antiga quanto o mágico. A diferença é sempre o quanto você consegue se aprofundar, investigar esse tema. Ao mesmo tempo, o nosso programa sempre estará aberto aos assuntos atuais e isso poderá virar a pauta em dois dias, se for o caso. A grande reportagem é a minha especialização. É claro que você procura ter um cenário legal, uma equipe que mescla juventude e experiência, que também é importante. Temos 20 pessoas trabalhando e eu praticamente compus toda a equipe.
Qual será o primeiro tema a ser tratado pelo jornalístico?
No primeiro programa, falaremos sobre o tráfico de crianças. Ficamos quatro meses fazendo as reportagens pelo Brasil. É uma rede que envolve muitas pessoas e essas crianças podem tanto ser enviadas para a adoção, para aqueles que querem “furar a fila”, como para o tráfico de órgãos e prostituição. Viajamos de barco, de carro e de avião por diversas cidades.
Como surgiu a ideia de fazer o programa e o convite do SBT?
Surgiu porque eu estava no “Repórter Record”, que se transformou em uma grande audiência da emissora, e o Silvio Santos fez uma proposta irrecusável. Historicamente, o SBT foi muito importante para mim, porque lá eu fui premiado, ganhei o prêmio da APCA e aceitei, também, porque a gente abre espaço para o jornalismo, neste momento em que o País precisa. Eu estava bem na Record, a equipe lá é ótima, mas segmento de jornalismo em televisão está sendo valorizado, a gente está abrindo espaço, estimulando o segmento. O programa foi baseado em fazer programas de grandes reportagens, que é o meu forte.
Este horário em que está o programa, às quintas às 22h15, sempre foi almejado por Roberto Justus. Você acha que seu programa pode mudar de horário? Se mudar, isso pode prejudicar a atração?
A gente tem de se concentrar em fazer com qualidade. O SBT que decide o horário e a grade. A gente não deve ficar preocupado, o SBT está com uma grade muito boa. Vamos fazer com qualidade, a audiência é conseqüência.
Como você avalia a sua trajetória profissional até aqui?
Eu tenho que manter a motivação da primeira matéria que fiz, mas com mais experiência, e mesmo com essa experiência, eu continuo me surpreendendo. Sempre passo que devemos a har que a matéria da sua vida e aquela que você está fazendo. Eu gosto muito do que faço e é essa motivação que me mantém.