Terra, Fábia Oliveira
Desde que trocou a Record pelo SBT, Roberto Justus tem mostrado um grande poder de fogo em sua nova emissora. Em setembro, ele estreou o 1 Contra 100 nas noites de quarta-feira. No próximo dia 23, os telespectadores do SBT vão conhecer a porção “aprendiz de cantor” do multimídia. A emissora vai apresentar, a partir das 22:30 h, o Histórias e Canções, especial de fim de ano em que Justus se arrisca a dividir o palco com nomes como Roupa Nova, Agnaldo Rayol, Marina Elali e a Família Lima.
“Nesse especial, tive a oportunidade de cantar com grandes personalidades da música brasileira. Adorei a chance que o SBT me deu”, comemora. E os projetos não param por aí. O ano que vem promete ser de muito trabalho para Justus. Seu atual programa, que terminaria em janeiro, foi estendido até julho. A nova temporada começa a ser gravada em 15 de janeiro. Em agosto, ele vai apresentar o reality show O Grande Desafio. Já em dezembro do ano que vem, ele entra na grade com o game Topa ou Não Topa, que já foi apresentado por Silvio Santos.
Desta vez, Justus promete fazer um programa menos popular. “Silvio quis que eu apresentasse esse programa e eu vou imprimir o meu estilo nele. Por que o SBT não pode ter o público A e B como alvo?”, sonha. Na temporada em que o dono do baú esteve à frente da atração, o prêmio máximo oferecido aos participantes era o de R$ 1 milhão. Justus pretende aumentar esse valor, mas ainda não há uma quantia em dinheiro definida.
Mas a menina dos olhos do apresentador é mesmo O Grande Desafio. No novo reality, 18 participantes disputam um prêmio equivalente a US$ 1 milhão, além de um pomposo cargo de diretor em uma das empresas do Grupo Newcomm. Dessa vez, além de vencer um difícil desafio intelectual, os concorrentes terão de encarar uma prova radical. O programa foi baseado no The Rebel Billionaire, apresentado por Richard Branson. “Vou ter de ser ainda mais exigente desta vez, já que o que está em jogo é o maior cargo de uma empresa”, observa.
Em O Grande Desafio, Justus promete deixar o tradicional terno de lado e adotar um visual mais despojado. “Vamos ter provas internacionais de tirar o fôlego”, promete. O formato só foi exibido nos Estados Unidos, país onde fez um tremendo sucesso. No original, o apresentador Richard Branson tomou um chá inglês com os competidores em cima de um balão, a três mil metros de altura. “Vou me testar também. Vamos ver até onde consigo chegar. Mas não me subestimem!”, brinca.
“Workaholic” assumido, Justus não tem medo de ficar sem os finais de semana por conta do volume de trabalho. “Faço as coisas com prazer. Aos domingos, já gravo o 1 Contra 100″, avisa. Além do mais, ficar no ano ar durante 52 semanas no ano faz parte do contrato de Justus com o SBT. “Por enquanto, as quartas-feiras são minhas”, avisa. Mudar o dia em que seu programa vai ao ar é a próxima batalha a ser vencida por Justus dentro da emissora.
“Nunca escondi que a fidelidade do brasileiro ao futebol prejudica a minha audiência. Estou batalhando por um outro dia”, planeja o apresentador, se referindo aos jogos exibidos pela Globo e pela Band no mesmo horário em que seu programa vai ao ar.
