20 de dezembro de 2009

Joyce Ribeiro fala da nova fase da carreira frente ao Boletim de Ocorrências

No SBT desde 2005, a conceituada jornalista Joyce Ribeiro vive uma nova fase de sua carreira à frente do Boletim de Ocorrências, atração que estreou em outubro e tem conseguido ótimos índices de audiência.

Com trabalho reconhecido pelo público, ela conta, em entrevista exclusiva ao site do SBT, como é conciliar a profissão com a vida pessoal e fala dos desafios de apresentar o novo jornalístico.

Como está a nova fase da carreira?
O “Boletim de Ocorrências” marca uma nova etapa profissional e eu estive me preparando para isso nos últimos anos. No “B.O.” abordamos assuntos violentos, que nos fazem pensar em uma saída para esta onda de criminalidade que se espalha pelo país e pelo mundo. Transmitir estes assuntos violentos exige muito dos profissionais que trabalham no jornal. Nosso objetivo maior é levar a verdade, tratando todos os assuntos com respeito, evitando exageros desnecessários. Como apresentadora e editora esta nova experiência tem sido um grande aprendizado.

Você fica nervosa por ancorar um programa sozinha e ao vivo?
Apresentar os jornais ao vivo sempre provoca um pouco de tensão, nervosismo; mas com o passar dos anos estes sentimentos ficam mais fáceis de serem controlados. Hoje em dia domino com segurança as situações que precisamos enfrentar diariamente quando estamos no ar. A concentração deve ser total, pesquisamos os detalhes de cada assunto para transmitir as informações mais relevantes com propriedade e segurança. As duas formas de apresentaros jornais, sozinha ou em dupla, são prazerosas. Apresento o "Boletim de Ocorrências" sozinha e gosto muito. Os outros jornais da emissora são apresentados em dupla e esta interação na bancada também é muito rica.

Na maioria das vezes, as reportagens exibidas no programa são sobre violência. Você se envolve com elas?
Infelizmente a criminalidade é crescente não apenas em nosso país, mas no mundo todo. Levar estes assuntos para os telespectadores é uma tarefa difícil, já que os casos são cada vez mais impressionantes, todos os dias fico indignada ao ter de transmitir determinadas notícias. Ao longo do dia são muitos os casos que chegam até a redação, todos eles provocam debates entre os colegas, pois mesmo tratando destes assuntos diariamente ficamos muito impressionados.

Para você, que também já apresentou a previsão do tempo, o que é mais difícil: ser cobrada nas ruas por prever sol e chover ou lidar com as tragédias no “Boletim de Ocorrências”?
A cobrança das pessoas em relação à previsão do tempo é quase sempre bem divertida e leve, elas fazem piadas nas ruas, dão risadas, é divertido. Falar sobre a violência, sentir o medo e a indignação, isso sim é muito difícil. Sinto o sofrimento e a descrença no olhar das pessoas quando me abordam nas ruas e falamos sobre as tragédias, assassinatos, os terríveis casos de pedofilia, as balas perdidas que tiram a vida de inocentes, de gente de bem... casos que infelizmente crescem a cada dia. O brasileiro está cansado e cobra mudanças imediatas para esta situação insustentável.

Você trabalha à noite. Como é conciliar o trabalho com a vida pessoal?
Trabalhar em horários alternativos, principalmente em uma grande cidade como São Paulo, só ajuda. Hoje estou totalmente adaptada e gosto muito de trabalhar a noite. Conciliar todas as tarefas do dia-a-dia não é tarefa fácil, é difícil e cansativo, mas com um pouco de disciplina e organização tudo fica possível. O mais importante é fazer aquilo que você ama, aquilo que você sonhou fazer. Quando isso acontece, horários, correria, cansaço ou falta de tempo ficam em terceiro plano.

Como é trabalhar no SBT?
Comecei a trabalhar aqui em 2005, quando apresentei o “Jornal do SBT Manhã” e também fazia eventualmente o “SBT Brasil”, substituindo a jornalista Ana Paula Padrão. Desde então já participei de alguns jornais, como o “SBT São Paulo”, o “Aqui Agora”, fiz a previsão do tempo e reportagens. Em todas estas experiências e ainda hoje, atuando como editora e apresentadora. Durante estes anos aprendi muito com meus colegas de redação, sempre admirei o trabalho dos grandes apresentadores que trabalham aqui na emissora e me sinto extremamente feliz por hoje, fazer parte deste grupo. Encontrar o ambiente de amizade e companheirismo que existe aqui foi um presente. É maravilhoso conviver com pessoas que amam o que fazem e lutam muito para fazer programas e jornais de qualidade. Este é o sentimento que predomina em todos os cantos da emissora.

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